sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ADI LILA MANJARI

Ele se encontra perdido,
Já não entendia porque tantas desqualificações,
Um grito calou sua morte,
Morte que tocava com suas mãos...

Nenhuma coisa mais vivia em seu coração,
E de tão vazio, soube com exatidão,
Distinguir todos aqueles,
Deste de seus 'bispos' até a multidão...

Coube a ele calar.
Não dizer mais nada!!!
E sofrer com a indiferença,
Por não saber tantas línguas.
Por não sofrer tantos danos;
Apesar de todas as 'surras',
E todas as jaulas e cordas que o amarraram...

Já não cabe mais loucura,
E já não era simplesmente o tolo número 1.
Desta vez era apenas;
O TOLO.

Se a liberdade me tomasse conta,
E tão pouco maya real me dominasse,
Gostaria de dar um grito por ele,
E como uma mocinha, bem mocinha...
Eu tivesse a chance de retornar,
Pois não posso nem mesmo dizer,
Quem roubou a flauta.
E tudo que me impede é o segredo que guardo,
-Não sei porque tanto sofrer-
Pedido por minha Senhora.
Mas pelo desejo dele, ninguém me ouviria.
E só ela saberia com certeza ao nos ver.
Que ele sabe quem é ela...
E onde está...

Mas ele faz-se querer falar em mim,
Faz-me querer honrá-la,
E as vezes num expurgo de raiva,
Negligenciá-la... E maldizê-la,
Pela tramoia ciumenta e
Vingativa...
Que o fez temer pela primeira vez...

Mas se não fosse doce esse conflito,
Que nesse mundo calo, e choro,
Sozinho as dores de sua doçura...
Assim me faço incompreendido,
Como se desse importancia ,
Para a realidade de minha inquietações,
E inimizades...
E tudo que causo ao redor,
De mim e dos outros,
como se eu tivesse dúvida.

Porque será em mim, a única testemunha.
Porque não consigo desfrutar de nada aqui;
Estando preso a ela, pelos liames do afeto.
Representando ele como forma,
Na essência sou só uma garotinha,
Assustada por ver que ela lhe roubou a flauta,
E fugiu pra esse mundo,
Achando que ele a buscaria tão rapidamente.

Assim o corpo se cansa,porque se fez carne.
E todo o poder dos milagres, já não faz presentes.
A não ser para aqueles, que como eu e ela,
Nos indentificamos nos olhares...
Mas ela que é ele agora
Soube perceber que nada mais eu era,
Do que usa mais humilde serva...
Uma garotinha de 7 anos e eterna.
E não como a maya real me queria fazer parecer.

O tolo acorda, mas tem medo...
Tem preguiça...
Sente o desejo intenso de sobrepujar,
Todos os seus defeitos.
Mas ele percebe:
Não há defeitos,
Existe apenas uma presa,
E uma cobrança,
De um mundo tecnológico e mesquinho.

Ele tenta viver então.
E de tanta misericórdia;
Subjuga-se,
Se faz de fraco...
Se faz de inútil.
Vivendo o finjimento voraz,
De que sua palavra 'explodir',
Para não matar subjuga-se ao torpor.

Já não tenho tempo.
Vou seguir sabendo,
Que ele ao espelho sou eu.
Que em minhalma sou ela.
E que ela neste mundo,
É o meu preceptor...
E que nada é diferente do que sei.
Sinto que muitos anos ainda terei.
Onde terei que provar devoção,
Mesmo se sou como o amor...